Exsicata significa amostra de plantas. É a forma de armazenar as amostras para estudo e análise. Uma metáfora para o objeto do livro. No chão do texto cada poema nasce enquanto é arrancado do poeta para exposição ao leitor. Exsicata excita e excede. Fica à mostra. Mostra-se. Fixa. O que liga os poemas é o cotidiano. Os poemas procuram (e o leitor encontra) dentro do cotidiano os grandes temas da humanidade, como sentido da vida e mortalidade. Para isso, o poeta se utiliza de cenas rotineiras, que vão desde o ato de caminhar, até observar o filho dormindo; desde apagar as luzes, até observar as constelações. Do comum aparece o inusitado. A leitura nos conduz do cotidiano para o espanto. As palavras se mexem, se contorcem e saltam entre o chão do concreto e o voo da abstração. O texto tem planta, chão – e decola. Poemas que martelam textura e som. Por dentro, ecoam os grandes temas da humanidade, sem que se deixe de ouvir as marteladas da desconstrução desses temas. Construção e desconstrução alternam-se numa escrita contemporânea que também alcança e tateia críticas sociais. Bruno lê as mãos do poema como quem anda de mãos dadas com a família, ou como quem balança as mãos soltas na solidão.
Informações sobre o Livro
Título do livro : Exsicata
Autor : Italo, Bruno
Idioma : Português
Editora do livro : EDITORA REFORMATORIO
Capa do livro : Mole
Quantidade de páginas : 152
Tipo de narração : Manual
Data de publicação : 07-09-2023
Gênero do livro : Ficção
Peso : 260 g
Ano de publicação : 2023
Altura : 30 cm
Largura : 23 cm